Não somos atletas, embora, em maior ou em menor grau,
sejamos todos desportistas. Traçámos o objetivo familiar da S. Silvestre do
Porto de 2015 e fomos treinando (uns mais do que outros) os 10km, sempre
motivados para conseguir fazê-los no mínimo de tempo possível.
O nosso intuito não era o de competir com ninguém,
mas o de começar e acabar em equipa, e foi isso mesmo que fizemos, com uns a
puxar pelos outros.
Falando por mim, as subidas dão-me cabo do corpo, da
respiração e da resistência. Ainda assim, o espírito de equipa revelou-se algo
incrível, talvez mesmo indescritível: a força do incentivo dos outros
elementos, olhar para o lado ou para a frente e ver que estávamos sempre todos
juntos, não ficar nunca ninguém para trás e as frases entusiasmadas que íamos
ouvindo foram, no meu caso, suficientes para não me fazer abrandar nalguns dos
troços mais complicados (como foi o caso da subida final do Túnel de Ceuta).
Ao longo de todo o percurso havia gente pendurada nas
varanda ou nos passeios a apoiar (achei sempre que não era incentivo nenhum,
mas percebi que estava redondamente enganada!) e adorei o desportivismo e
companheirismo de todos os corredores – com gritos, cantorias, piadolas (é
verdade, os portuenses têm uma capacidade fantástica de encontrar sempre uma
piada para dizer em qualquer situação) –, que estavam em competição, é certo,
mas no melhor dos espíritos de diversão e de convívio.
Infelizmente, partimos com um elemento a menos e
cheguei ao final mais cansada do que alguma vez me lembro de ficar (tive ali
uns momentos de desespero em que maldisse o momento em que decidi juntar-me
àquela ideia louca), mas parece-me que para o ano a dose se repete, sempre a
juntar membros da família, sem lesões, de preferência.
Se os tempos melhorarem, excelente!
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